Aline Fanju criticou o que chama de "glamourização da maternidade" seis meses após dar à luz Teresa, sua primeira filha. "Isso é uma violência contra a mulher. Essa glamourização de puerpérios assépticos e descansados. Mães de corpos perfeitos no pós-parto é um desserviço! É inalcançável, portanto oprime e deprime", disparou em entrevista para a revista "Marie Claire" fazendo coro com Juliana Alves. "A mulher é mais uma vez cobrada e exigida na sociedade e não deveria postar representações desse tipo, por mais que esteja sendo fácil para elas. As mães precisam ser acolhidas. É preciso sororidade, empatia", acrescentou a atriz.
Ainda no depoimento para a publicação, a mulher do ator e diretor Marcelo Cavalcanti recordou ter ficado duas horas em uma espécie de transe, mas a sensação foi que o momento durou só 20 minutos. "Tanta vivência que penso que não elaborei ainda direito. Senti uma dor que nunca senti antes parecida e, ao mesmo tempo, uma força e determinação imensuráveis", relata Aline, longe da telinha desde a temporada anterior de "Malhação". A atriz relembrou ainda os primeiros momentos ao lado da filha, quando floresceu a sensação da maternidade, tendo uma reação semelhante a de Sabrina Sato. "De repente, o que até então era uma barriga que eu alisava, uns chutes que eu levava na costela e uma imagem distorcida de ultrassom virou uma pessoa minúscula nos meus braços e eu exausta aos prantos, de cócoras, com o rosto todo pipocado de tanta força que fiz me senti a mais fêmea de todas as fêmeas... bicho mesmo! Em cinco segundos passei o olho pela Teresa, instintivamente, conferindo se ela estava bem. A cheirei, a beijei e dei de mamar imediatamente. Meu olho enche de água agora de relembrar", relatou.
A maternidade definida como ela por "cansativa" trouxe para Aline, que se considera uma romântica moderna, experiências pelas quais a atriz nunca havia passado. Como trocar fraldas ou dar banho um bebê. "Fui aprendendo aos poucos, rindo da minha inexperiência. Bebês choram mesmo e bastante! Pode ser bem desesperador, mas tenho conseguido manter a calma e tentando entender o que minha filha precisa de mim!", afirmou. E nesses testes, a atriz tem ficado com a emoção à flor da pele. "Às vezes me angustio, choro, mas me perdoo. Não é fácil. E olha que tenho uma rede muito boa. A gente precisa se perdoar", enumerou, acrescentando que como Duda Nagle, Marcelo é um pai presente, que dá banho e troca fraldas.
Aline contou ainda que não vive uma rotina de horários por conta da filha. "As primeiras noites ainda variam bastante. Já passei por noites em que a Teresa acordou de uma em uma hora e noites em que ela só acordou uma única vez na madrugada, mas todo dia é uma descoberta!", explicou, reforçando a emoção mais à flor da pele. "A gente está se conhecendo e é lindo! Percebê-la tentando me focar, reconhecer meu rosto enquanto eu canto para ela é bonito demais. Já chorei algumas vezes", finalizou.
(Por Guilherme Guidorizzi)