Juliana Paes se prepara para mais um papel de destaque na TV, em "Dois Irmãos". Lançada na noite desta terça-feira (6), a nova minissérie da TV Globo trará a atriz na segunda fase da trama, no papel de Zana, casada com Halim (Bruno Anacleto/ Antonio Calloni/ Antonio Fagundes ) e mãe dos gêmeos Omar e Yaqub (Lorenzo e Enrico Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond). Na série escrita por Maria Camargo e baseada no livro homônimo de Milton Hatoum, a predileção dela por um dos filhos ficará evidente e ainda vai causar dúvida no público em torno de uma suposta relação incestuosa com Omar. Além da estranha relação entre eles, a série com estreia marcada para janeiro também vai insinuar um romance de um dos gêmeos com a irmã Rânia (Letícia Almeida/ Bruna Caram).
"Isso é um componente coadjuvante, existe uma coisa de um olhar mais intenso da mãe por um filho, mas isso não fica marcado numa relação. Não existe sexualidade explícita entre eles em momento nenhum. E se você esmiuçar o livro, você nunca vai achar que ele viu uma cena de um coito acontecendo. O Hatoum deixa tudo para o leitor, o deleite de imaginar o que quer que seja", afirma a atriz, que chegou a ficar com manchas roxas no corpo na época das gravações.
Juliana explica que o possível incesto entre mãe e filho também não ficou clara para os atores envolvidos. "Ela tem uma afinidade, mas também tem uma coisa de pele, cheiro, que é um assunto mais delicado. Isso ficava mais subentendido e eu achava que também não tinha que entender isso. Nem tudo a gente, como ator, tem que explicar. Tem coisas que a gente sente e não tem explicação. Chegou em outro momento e tava escrito exatamente isso, que 'por uma razão que nem Zana sabia ou não queria explicar, ela segurou mais forte a mão de um gêmeo do que do outro'. Se nem Milton soube explicar essa preferência que ela tem por um dos filhos, eu também não vou me impor essa missão", minimiza.
A atriz também opinou sobre afinidade entre mães e filhos de uma forma geral. "Esse amor da Zana paira num lugar maior, mais abrangente... Agora, afinidade é outra história, e às vezes a gente tem mesmo mais afinidade com um filho do que com outro, às vezes a gente tem, sim, um olhar que um filho entende e o outro não. Então isso é preferir, amar mais? Não sei... mas acho que é possível amar igualmente e se dedicar tanto para um filho quanto para o outro sem desmerecer. Afinidade é diferente de amor", avalia.
Mãe de Pedro e Antônio, de 5 e 3 anos, Juliana comenta a relação com os filhos e não elege um favorito. "A paixão pelos dois é a mesma, e acho que qualquer mãe no meu lugar te falaria a mesma coisa. As mães não sentem essa predileção, normalmente quem sente são os filhos. Minha avó tinha uma coisa com meu pai que, nossa... Ela falava 'não, eu amo igual', mas a gente via nos gestos dela, no olho que brilhava", conta.
(Com apuração de Marilise Gomes e texto de Caroline Moliari)