Em 1992, foi organizado o primeiro encontro de mulheres afro-latinas-americanas e afro-caribenhas em Santo Domingo, República Dominicana. O evento tinha como principal foco, debater sobre as formas de combater o machismo e o racismo, além de pressionar a Organização das Nações Unidas para assumir a luta e combater de vez a pressão e exploração de gênero.
No Brasil, em 2014, a data foi sancionada como Dia de Tereza de Benquela e da Mulher Negra. Tereza foi uma líder quilombola que se tornou símbolo da resistência do povo negro à escravidão durante o século XVIII.
As mulheres negras são maioria das vítimas de feminicídio. Em 2020 foi computado que a cada três mulheres mortas no Brasil, duas eram negras, isso representa 61,8% das mortes.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas, isso significa que ao menos três mulheres morrem por dia. Os dados crescentes mostram que a visibilidade das mulheres contra a opressão, preconceito e desigualdade se faz necessária cada vez mais.
A representatividade feminina e a visibilidade da causa são extremamente importantes para a luta diária contra o racismo e o machismo. Por isso, o Purepeople escolheu seis personalidades aqui do Brasil para enaltecer e apoiar!
Maria da Conceição Evaristo de Brito é uma escritora mineira que trás em suas obras, reflexões sobre a sua experiência como mulher afro-brasileira no Brasil. Ela é mestre em Literatura Brasileira pela PUC-RJ e professora universitária.
Conceição Evaristo nasceu na periferia de Belo Horizonte e conquistou o 3º lugar na categoria Contos e Crônicas do Prêmio Jabuti, em 2015, pela obra "Olhos d'Água". A autora também recebeu o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura por toda sua obra e foi a primeira escritora negra a receber essa tal premiação.
No livro "Olhos D'Água", Conceição Evaristo aborda sobre a pobreza e violência urbana que a cercam no seu dia a dia. Ao longo da obra, as mulheres são retratadas como mães, filhas, avós e amantes, todas diante de dilemas sexuais, sociais e existenciais. Encontre na Amazon por R$25,50 .
Djamila Taís Ribeiro dos Santos, de 41 anos, é uma filósofa, jornalista e pesquisadora feminista afro-brasileira com foco de pesquisa nas relações raciais e de gênero. Começou a trabalhar na ONG Casa de Cultura da Mulher Negra aos 18 anos e diante da experiência, começou a estudar questões raciais e de gênero.
É formada em Filosofia na Unifesp e mestre em Filosofia Política na mesma instituição com ênfase no movimento feminista. Em 2020, seu livro "Manual Antirracista" foi o mais vendido em todo o Brasil.
Outra obra para conhecer de Djamila é "Quem tem Medo do Feminismo Negro?". No livro, a autora recorda a sua infância e explora suas memórias afim de trazer a debate o silenciamento e o processo de apagamento da personalidade por que passou ao longo dos anos. Encontre na Amazon por R$22,18 .
Elza da Conceição Soares foi uma cantora de samba brasileiro mais conhecida como Elza Soares. Junto com Tina Turner, Elza foi nomeada a Cantora do Milênio pela rádio BBC. Através da música, Elza Soares evidenciava a luta contra o machismo, violência contra mulher e o racismo.
No álbum " A Mulher do Fim do Mundo ", está presente grandes sucessos como "Maria da Vila Matilde", " Mulher do Fim do Mundo" e "Coração do Mar". A principal canção que leva o nome do disco aborda a história pessoal de superação em meio ao caos e à euforia, simbolizados pelo Carnaval. Encontre na Amazon por R$40,00 .
Isabela Cristina Correia de Lima mais conhecida na indústria da música como Iza é uma cantora, compositora e dançarina brasileira. Sua fama começou quando seus covers de músicas da Beyoncé e Rihanna viralizaram e hoje a cantora conta com diversos singles e indicações à prêmios como o Grammy Latino.
"Dona de Mim " é o álbum de estreia da Iza no mundo da música e conta com 14 músicas, dentre elas "Ginga", "Dona de Mim" e " Pesadão" em parceria com o cantor do Rappa, Falcão. O CD tem como ritmos predominantes o R&B e Pop e em algumas faixas, reggae fusion, acid jazz e afrobeat. Encontre na Amazon por R$18,24 .
Jarid Arraes, de 31 anos, é uma escritora, cordelista e poeta brasileira que, desde a infância teve muito contato com a literatura e com a arte. Ela é natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, e teve grande influência do seu pai e do seu avó, ambos cordelistas e xilogravadores.
Jarid participou coletivos regionais, como o Pretas Simoa (Grupo de Mulheres Negras do Cariri) e fundou o FEMICA (Feministas do Cariri).
Em uma reunião de cordéis no livro "Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis ", Jarid resgata as memórias e histórias de grandes personalidades negras e fortes como Eva Maria do Bonsucesso, Luisa Mahin, Na Agontimé, Tia Ciata, dentre outras. O livro reúne quinze histórias ilustradas por Gabriela Pires para compartilhar as memórias e a visibilidade das mulheres negras. Encontre na Amazon por R$25,88 .
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora mineira considerada uma das primeiras autoras negras brasileiras publicadas. Em 1960, seu diário foi publicado como "Quarto de Despejo" que se tornou best-seller e ganhou reconhecimento internacional. A obra virou inspiração para peças teatrais, ilustrações, contos e também composições musicais.
Em seu diário mais tarde publicado como "Quarto de Despejo ", Carolina Maria de Jesus trás à tona a sua triste e cruel realidade como catadora de papel e de como durante muitos anos sobreviveu à condições de extrema pobreza na favela do Canindé, em São Paulo. A obra aborda também a desigualdade de classe, de gênero e de raça e principalmente a resistência quanto a miséria, violência fome. Encontre na Amazon por R$42,00 .
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