
Em meio à polêmica de suposta fraude em sua marca na área da decoração, a empresária Tania Bulhões já foi investigada por supostamente ter montado um esquema de importação fraudulenta em 2016, segundo a Receita Federal.
Durante as operações de busca e apreensão, a Polícia Federal coletou provas que indicavam uma rede de empresas de "trading" que teriam intermediado operações fraudulentas. Essas instituições, supostamente lideradas por um brasileiro residente nos Estados Unidos, teriam manipulado transações para encobrir o real importador, que seria o grupo liderado por Tania Bulhões.
As investigações apontavam para um prejuízo nominal de 70% nas operações, uma tática que pode ter mascarado a verdadeira origem e destino dos recursos. Entre os itens apreendidos estavam valores significativos em dinheiro e cheques, além de equipamentos de informática e documentos financeiros críticos. Um dos grandes achados foi a detecção de indícios de investimentos nas Ilhas Virgens, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O caso ganhou ainda mais destaque na mídia quando foi associado à Operação Dilúvio de 2006, que já havia revelado práticas fraudulentas semelhantes no comércio exterior. A ação também contou com a participação da Polícia Federal e de autoridades norte-americanas, identificou um complexo esquema de sonegação fiscal e outras irregularidades.
A Receita Federal demonstrou que a empresa de Tania Bulhões estava sonegando informações sobre as importações, o que evitou o pagamento de impostos e outras obrigações fiscais. Diante disso, além das implicações penais, a empresa pode enfrentar multas pesadas, que variam entre 75% e 225% do valor dos tributos devidos.
Na época, em resposta às acusações, a assessoria de imprensa da empresária mineira confirmou as investigações, mas contestou qualquer irregularidade, especialmente no que diz respeito ao comércio de perfumes. Foi comunicado que os valores apreendidos durante as buscas seriam parte das movimentações financeiras normais das lojas.