Glenda Kozlowski foi anunciada como a primeira mulher narradora da Globo: nas Olimpíadas, a jornalista ficará à frente das apresentações de ginásticas. Em conversa com o Purepeople, ela falou sobre a expectativa para a estreia no evento, que começa daqui a duas semanas, em uma abertura com grandes nomes da música nacional.
"Não estou ansiosa, estou me preparando. É uma tensão boa, estou me sentindo como se estivesse fazendo meu primeiro ao vivo, minha primeira aparição na TV. Porque ser narradora de ginástica é outra pegada da narração de futebol. Não foi ficar falando todos os movimentos: estarei ali para organizar, centralizar a informação", conta a carioca, ex-atleta e adepta de práticas esportivas fora da TV.
Durante as competições de ginásticas, nas quais Brasil tem representantes com grandes chances de medalha, com atletas como Danielle Hypólito, cuja apresentação será embalada por músicas de Anitta, Glenda terá uma parceira de ouro. "Quero apresentar quem são os grandes nomes da ginástica no mundo, os pontos fortes deles e não falar de grau de dificuldade, se fez uma coisa e era outra, até porque a Daiane dos Santos vai estar do meu lado e acho que ninguém melhor do que ela para falar isso", explica.
'Se alguma menina um dia pensou, vai ver que pode'
A jornalista se surpreendeu com o apoio dos internautas: quem falou da repercussão foi seu filho mais velho, Gabriel, de 20 anos. "Soube pelo meu filho, que tá fora do país e me mandou uma mensagem pelo celular, com a notícia, me perguntando se era verdade, porque eu não tinha contado para ele ainda. Eu falei: 'É verdade, filho!'. E ele respondeu, todo orgulhoso: 'Que legal mãe, tô muito feliz por você!". Fiquei bem emocionada. Depois entrei no Twitter, porque não sou uma pessoa sempre conectada, e vi tantas mensagens de incentivo, comemorando comigo...Fiquei impressionada com esse retorno do público", comemora a mulher do dentista e empresário Luiz Tepedino.
Para Glenda, ser a primeira mulher a narrar esportes na TV é um passo importante para o mercado de trabalho feminino. "A gente tá muito acostumado com a voz masculina, então acho que pode ser estranho em um primeiro momento. Mas também acho importante, porque se alguma menina um dia pensou em fazer isso, agora vai ver que pode. Eu vejo meu filho mais novo (Eduardo, de 11 anos) imitando o narrador do videogame e se tiver alguma menina que também faz isso e me ver fazendo, agora vai ver que pode. Se eu despertar isso, já fico muito feliz", afirma a companheira de Ivan Moré no "Esporte Espetacular", programa no qual segue no comando durante as Olimpíadas.
(Por Marilise Gomes)