Na noite de quarta (08), o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes chocou a web ao afirmar que não deu autorização para os shows de Bruno Mars marcados na cidade para os dias 4 e 5 de outubro. O prefeito explicou que já havia informado a Live Nation, organizadora do evento, da impossibilidade da data por se tratar do fim de semana em que ocorrerá as eleições municipais. Porém, a produtora seguiu com as vendas, o que fez Eduardo Paes se manifestar publicamente. Entenda!
Na última semana, Bruno Mars anunciou que faria um show no Rio de Janeiro no dia 4 de outubro, além de outros em São Paulo e Brasília. As vendas ocorreram no início desta semana e, após os ingressos esgotarem nesta quarta (8), Bruno Mars abriu uma nova data, no dia 5 de outubro. A pré-venda aconteceria hoje (09) e a venda geral no dia 10.
Porém, na noite de quarta (8), Eduardo Paes soltou um comunicado afirmando que não havia dado autorização para que os shows acontecessem no Rio de Janeiro nos dias que foram anunciados. O motivo é que no dia 6 de outubro acontecem as eleições municipais. Porém, a Live Nation teria anunciado o evento e permitido a venda de ingressos mesmo assim.
"O processo eleitoral exige uma mobilização muito grande de servidores para acontecer. Isso se dá principalmente em relação às forças policiais e à Guarda Municipal. Imaginar que vai se fazer qualquer grande evento no Rio de Janeiro (diria até que no Brasil) às vésperas das eleições é absurdo pela necessidade de mobilização de uma grande quantidade desses mesmos agentes públicos", escreveu.
Nesta quinta (09), Eduardo Paes gravou um vídeo explicando novamente por que é impossível que os shows de Bruno Mars aconteçam no fim de semana anunciado. O prefeito esclareceu que trata-se de uma questão de segurança, uma vez que todo o contingente policial já está organizado para as eleições.
Além disso, por mais que a eleição em si aconteça no domingo, a organização já começa nos dias anteriores, principalmente no que diz respeito ao trânsito de urnas eletrônicas até os locais de votação. Vale ressaltar que o Estádio Nilton Santos, onde foi marcado o show de Bruno Mars, também é uma zona eleitoral.
"Aqui não é casa da mãe Joana, não é terra de ninguém. O Rio tem ordem, tem governo, tem governantes e responsabilidade com a população [...] Pelo visto, os produtores se acharam mais importantes que o povo do Rio ou não entenderam e decidiram bater de frente e acatar uma ação arbitrária e abusiva. Aqui não vai rolar isso. A gente gosta de festa, gosta de receber artista, mas aqui tem respeito à lei. O aviso está dado", esclareceu.
Eduardo Paes ainda afirmou que convida Bruno Mars a se apresentar no Rio de Janeiro e que gostaria que ele fizesse vários shows, mas em uma outra data.
A Live Nation escreveu um posicionamento nas redes sociais e classificou o episódio com Eduardo Paes como um mal-entendido. "Houve um mal-entendido na comunicação com a prefeitura do Rio de Janeiro que já está sendo solucionado. [...] Mais informações serão divulgadas em breve", escreveu.
As vendas para o show extra no Rio de Janeiro, que começariam hoje, foram suspensas. Eduardo Paes anunciou que participará de uma reunião às 18h de hoje com a produtora de Bruno Mars para chegarem a um consenso.
