Gabily sofreu preconceito ao ser parada em uma blitz no Rio de Janeiro. A cantora disse que durante a abordagem um policial questionou se o seu carro, uma Evoque de R$ 154 mil, era adulterado, já que ela é funkeira.
"Fui abordada por uns policiais civis. Me pararam e mandaram eu encostar. Tinha uma [blitz da] Lei Seca na frente, mas foi um policial civil que me parou. Ele falou 'documento do carro e habilitação'. Dei para ele, e ele perguntou 'o carro está no seu nome?', falei que está. Aí ele [perguntou], 'o que você faz? É DJ?'. Eu disse 'não, sou cantora'. Ele 'de funk?', e eu [respondi] 'é'. Ele disse 'ih, esse pessoal do funk é f*da. Vou passar um scanner no seu carro, porque é campeã de clonagem", relatou.
Gabily contou que confrontou o policial após o comentário e fez uma reflexão sobre o ocorrido.
"Olhei para a cara dele e falei 'moço, eu trabalho igual uma condenada, e você está me falando que estou com carro clonado?' E ele disse 'não, só estou dizendo que eu tinha um e toda hora eu era abordado... quando eu falei que sou cantora, ele lançou 'de funk?'. Nem esperou eu falar. Imagina se eu chego para ele e falo 'ih, esses policiais são f*da'. Já iria presa por desacato", comentou.
"Achei um deboche, um desaforo. Tive que me segurar para não falar umas verdades, é porque eu tava sozinha também, e mulher é f*da. Nunca tinha sofrido esse tipo de preconceito na cara dura por causa do funk, talvez seja por causa do meu carro", desabafou.
Gabily observou também que pode ter sido vítima de machismo. "Como se uma mulher não pudesse ter um carro desse porte. Falando do funk, como se ser funkeiro fosse algo ruim ou de gente criminosa. Um policial falou isso na minha cara. Me senti constrangida, sem reação, juro. O cara me abordou antes da lei seca e nem fez teste de bafômetro, nada", escreveu na legenda do vídeo postado na web.