Thais Carla e Tatiana Lima, bailarinas plus size de Anitta, conquistaram a admiração e o carinho dos fãs da funkeira desde que foram apresentadas ao público. Em conversa com o Purpeople (confira no vídeo!), as dançarinas, recém-tietadas por Larissa Manoela, contam que estão mais cobiçadas e que recebem nudes na web. "Em rede social você recebe de tudo. Não me importo de conhecer pessoas pela internet, mas antes de mandar uma foto tem que ter um papo ou desenrolo. Não é assim! Tem que ter conquista", disse a professora de educação física. "Estava no meu bairro e um cara falou: 'se eu tivesse tanto bacon assim, não morreria de fome'. Desse jeito não vai ter ninguém na vida", ironiza a ex-integrante do programa "Legendários".
Pesando 95 kg e com 1,55 m de altura, Tatiana entrega dificuldade em encontrar roupas de seu tamanho. "Sendo mais conhecida fica mais fácil de conhecer as lojas mas, no Rio de Janeiro, raramente você consegue algo. É tenso! Às vezes você quer se vestir bem mas só tem roupa de velho. Eu sou gorda e não brega, né? Calma aí", dispara a loira. Com autoestima elevada e sempre ignorando as críticas, Thais conta qual é seu estilo favorito de look. "Eu gosto de coisa mais ousada. Gosto de mostrar a barriga e estar sempre usando coisas diferentes", aponta.
No bate-papo, as profissionais da dança afirmam que não se incomodam mais com o preconceito. "Eu prego o respeito. Se você quer ser magra e viver na dieta, ok. Se você quiser ser gorda, ok também. São as suas escolhas. Temos nosso direito de ir e vir e fazer o que a gente quiser da nossa vida", reconhece Tatiana, enquanto Thais recorda comentários maldosos ditos a ela. "Já escutei sobre a Anitta não gostar de ser gorda e ter bailarina gorda. Ela não gosta de ser gorda mas prega a aceitação. Outros dizem que eu vendo gordura. Não! Eu vendo a auto-estima. É minha opção ser gorda", dispara.
Mesmo com muita disposição, a tatuadora admite que precisa balancear sua alimentação e explica o motivo de sua auto-estima. "Mais pela saúde. Eu amo chocolate, amo hamburguer, fazer o que?", disse ela, sendo concordada pela amiga Thais. "Todo mundo come mas tem que ponderar. Perguntam como é a nossa alimentação. Em casa eu consigo, mas na rua, não", completa. "Quando eu comecei a trabalhar com inclusão social comecei a ver que os meus problemas são pequenos. Hoje posso falar que eu me amo, coisa que antes a sociedade bombardeava. Eu coloca uma roupa e não conseguia me ver bonita. Hoje a gente, realmente, vende a auto-estima", explica Tatiana.
(Por Rahabe Barros)