Arthur Aguiar desabafou sobre alguns outros participantes que estiveram com ele no "Big Brother Brasil 22", de onde saiu campeão, faturando o prêmio máximo de R$ 1,5 milhão. Em entrevista ao "Fantástico" neste domingo (01), o artista lamentou a rejeição de vários ex-BBBs, que também não o seguem nas redes sociais.
Falta respeito mesmo com a pessoa, sabe? Cara, o jogo acabou, não fui eu que escolhi ganhar. É importante a gente saber perder e reconhecer a vitória do outro.
Segundo Maira Cardi, que estava ao lado do marido durante boa parte da entrevista, Arthur sofre com esse tipo de comportamento das outras pessoas. "O Arthur tem uma história muito forte com rejeição desde a infância, e toda vez que se sente atacado, ele entra nesse casulo, que foi o que aconteceu com ele lá dentro do jogo", entregou.
O artista, então, explicou de onde vem o trauma de infância: "A minha mãe hoje é muito mais presente. Eu entendo o que ela tinha que trabalhar para caramba... E fiquei 18 anos sem ver meu pai. Ele e minha mãe tiveram uma briga e, 18 anos depois, eu me reencontro com ele, convivo com ele dois anos e ele morre. Aí as pessoas acabam me julgando de uma maneira errada. Elas não leram o livro, julgam ou pela capa ou por poucas folhas a que elas têm acesso".
O artista explicou, que por seu histórico conturbado, sobretudo pelas traições descobertas e reveladas ao público pela mulher, Maira, teve medo de ser rejeitado logo que entrou para o reality show.
Eu não era um participante normal, entrando no jogo zerado. Eu entrei muito no negativo, já entrei cancelado.
Durante a entrevista, ele relembrou um episódio que o estimulou e foi fundamental para encarar o desafio. "Eu li uma coisa que me encorajou; a menina escreveu assim: 'eu estou torcendo muito para o Arthur entrar, porque eu quero que o Brasil conheça o cara por quem eu me apaixonei e eu quero poder voltar a gostar dele sem sentir vergonha'", recordou, lembrando que a frase foi usada no discurso final de Tadeu Schmidt, ao anunciá-lo vencedor.
O grande poder de persuasão de Arthur Aguiar pôde ser visto durante os 100 dias que o artista passou confinado, monitorado por dezenas de câmeras. E, segundo ele, este pode ter sido justamente seu grande trunfo no programa.
"Eu tenho facilidade de construir uma narrativa com início, meio e fim que fique fácil para as pessoas entenderem", pontuou. E, sem modéstia, chegou a citar a guerra da Rússia para explicar seu potencial:
Se eu conversasse com o presidente da Rússia eu conseguiria acabar com a guerra.
Ao seu lado, Maira Cardi foi firme ao falar o que a levou a perdoar Arthur depois de tantas pisadas na bola. "Todos nós erramos ou já fomos alguma coisa da qual não nos orgulhamos. As pessoas têm o direito de mudar e de se transformar", observou. Para o artista, algo que ele levou a sério.
O erro não pode definir a gente. A parte ruim faz a gente crescer, se perceber, faz a gente querer fazer diferente.