O jogador de futebol Adriano foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta quarta-feira (14), por lesão corporal, pelo tiro que feriu um dedo da mão esquerda de Adriene Cyrilo Pinto, quando ela estava dentro do carro do atacante, no dia 24 de dezembro de 2011.
Junto a Adriano , o ex-policial Júlio César de Oliveira, seu segurança, também foi denunciado. A audiência de instrução e o julgamento ocorrem no dia 13 de dezembro, às 13h, no 9º Juizado Especial Criminal (Jecrim) da Barra. Se condenados, ambos podem pegar até um ano de prisão.
O episódio aconteceu na Avenida das Américas, próximo ao InfoBarra, após o ex-jogador do Flamengo (e do Inter de Milão, São Paulo, Roma, Parma e da Seleção Brasileira) e o policial deixarem uma boate em Jacarepaguá com quatro mulheres para irem à casa do jogador. De acordo com a denúncia, Julio César portava uma arma de fogo, tipo pistola, registrada em seu nome, da marca Tauros, calibre 40, o que era de conhecimento de Adriano. Ele então permitiu que o atleta, na época jogador do Corinthians, a manuseasse dentro do carro.
Durante o trajeto, o Imperador "exibiu a arma para os ocupantes do veículo, puxou o ferrolho da pistola, tirou o carregador com munições e, imprudentemente, entregou a arma nas mãos de Adriene", de acordo com o MP-RJ. Ainda segundo o Ministério, o ex-policial ficou inerte diante das brincadeiras feitas por Adriano com a arma de fogo e continuou ignorando o risco de lesão que tal comportamento poderia causar, já que ele era inapto para manusear a arma.
Em seguida, Adriene devolveu a arma às mãos do jogador, que, "inábil e sem adotar qualquer cuidado", repentinamente disparou e atingiu o dedo indicador esquerdo da vítima. A acompanhante sofreu ferimentos que resultaram na necessidade de cirurgia reconstrutiva da falange do dedo indicador esquerdo, "através de transplante ósseo, revascularização e diversas intervenções realizadas em duas cirurgias", de acordo com o MP-RJ.