Versátil e genuinamente brasileira, a novela "Porto dos Milagres" está em exibição no Viva de segunda a sábado, às 15h30 e 00h. Com autoria de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a trama é inspirada em dois romances de Jorge Amado, "Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos", e tem a Bahia como cenário, na fictícia cidade de Porto dos Milagres. Confira cinco motivos para noveleiros de todas as idades não perderem um capítulo da novela, também disponível para assinantes no "Viva Play".
Iemanjá, festejada em fevereiro em todo o Brasil, é a padroeira da cidade na ficção e tem forte ligação com boa parte dos moradores. Guma (Marcos Palmeira), pescador que é protagonista da trama, tem até uma tatuagem em sua homenagem. A "rainha do mar" também aparece como centro de conflitos importantes e até decisivos da trama. Mas não daremos spoilers aqui!
Rivalidades colocam aquela dose boa de pimenta nas novelas, mas "Porto dos Milagres" torna isso ainda mais interessante quando confronta os gêmeos Félix Guerrero e Bartolomeu Guerrero, interpretados por Antonio Fagundes. O inescrupuloso Félix se torna o homem mais importante de Porto dos Milagres após tramar para o irmão, armadilha que é o mote inicial do enredo.
Outro componente infalível para uma trama de sucesso é uma relação amorosa repleta de barreiras. E, em "Porto dos Milagres", Guma e Lívia (Flávia Alessandra), jovem carioca recém-chegada na Bahia, vivem um amor de Romeu e Julieta com um temperinho de dendê! A loira se apaixona pelo pescador, mas os dois precisarão enfrentar a postura hostil de Alexandre, então namorado de Lívia, insatisfeito com o término do romance; os planos ambiciosos de Augusta Eugênia (Arlete Salles), tia de jovem; e as armações da bela e sedutora Esmeralda (Camila Pitanga), apaixonada por Guma.
Em tempos com o feminismo em voga nos noticiários, "Porto dos Milagres" é repleta de mulheres, como diz a gíria soteropolitana, que brocam! Adma Guerrero (Cássia Kis), vilã que não move esforços para conseguir o que quer; Rosa Palmeirão (Luíza Thomé), dona do bordel da cidade; a protagonista Lívia (Flávia Alessandra), com toda sua determinação; bem como Esmeralda (Camila Pitanga), obstinada por sua paixão, são exemplos disso.
Assim como o acarajé está para a culinária baiana, o realismo fantástico está para as produções assinadas por Aguinaldo Silva. A pitada de mistério e fantasia do autor dá um tom único à novela! Só para deixar você com um gostinho de quero mais: tem personagem que volta como fantasma na lua cheia e outra que, ao ficar nervosa, cospe uma fruta exótica.
(Por Marilise Gomes)