A TV Globo pegou o público de surpresa ao anunciar que Boninho deixa a emissora no final de 2024, após 40 anos de serviços prestados. A partir do ano que vem, Rodrigo Dourado assume a direção de gênero de reality. A colunista Carla Bittencourt, do portal Leo Dias, trouxe os desdobramentos que levaram o canal a dispensar o diretor.
A jornalista destaca que a relação de Boninho com Amauri Soares, atual diretor dos Estúdios Globo, não era boa desde antes da promoção que o jornalista recebeu no ano passado. "A situação de Boninho na emissora, que também não era lá satisfatória, piorou quando seu antigo desafeto virou o todo-poderoso do canal", destaca Carla.
A relação de Boninho com a Globo já dava nítidos sinais de desgaste desde 2022, quando a emissora não o escalou para assumir o "Som Brasil", algo que o deixou bastante sentido. Após sucessivos fracassos - como "Casa Kalimann" e "Pipoca da Ivete", ele acreditava que um programa deste porte poderia melhorar sua reputação nos bastidores. Era um indicativo de que ele estava sem moral dentro da empresa.
"Seu único sucesso recente se resumia ao 'Big Brother Brasil' e ele andava colecionando atrações flopadas e uma lista de reclamações de funcionários e colaboradores no compliance da firma", completa a colunista.
A colunista destaca que as conversas em torno da não renovação do contrato de Boninho ganharam força em 2023, com a saída de Ricardo Waddington e a chegada de Amauri ao posto de diretor dos Estúdios Globo.
Boninho chegou a renovar o contrato por mais um ano, quando implementou o projeto do "Estrelas da Casa". Seria a oportunidade de ele reconquistar o prestígio na emissora, mas os baixos índices de audiência e a pouca repercussão nas redes sociais frustraram os envolvidos. Com isso, a Globo optou por terminar o vínculo com o diretor.
Ainda segundo Carla, Amauri chegou a oferecer um outro formato de contrato com Boninho, com mais participação na frente das câmeras. Mas ele considerou um rebaixamento e "um prêmio de consolação", o que o fez recusar a proposta. O diretor ainda poderia emplacar projetos com vínculos por obra, mas diante da relação ruim com a atual gestão da Globo, a possibilidade parece improvável.