Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank mudaram a visão a respeito do racismo por causa da filha, Títi, de 4 anos. Os dois tomaram para si a luta contra o preconceito racial e participaram do III Jantar Sim À Igualdade Racial, no hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (17). "Ficamos muito felizes em fazer parte dessa noite", comemorou Gagliasso, que completou: "É uma causa que virou nossa. Não tem como nós não falarmos sobre, fingirmos que não existe na nossa família, no nosso cotidiano. Está diretamente ligado a nós".
Os dois preferem instruir a filha, que já foi alvo de racismo na internet, a lidar com o preconceito. "A criamos dando instrumentos para que ela possa se defender. Ela vive na realidade. Mais tarde ela vai dar um Google e verá o que aconteceu. Ela vai saber que o pai e a mãe dela lutaram por ela porque ela vai ter que lutar sozinha", explicou o ator. "E como pais brancos usamos todos os instrumentos possíveis para orientar, para alimentá-la e deixá-la forte", acrescentou Giovanna.
Gagliasso mostrou a importância de que todos tenham consciência de igualdade racial: "Mais do que falar é demonstrar, mais do que fazer é ter atitude. O jantar é exatamente isso. O jantar é um ato. É para todo mundo tomar isso para si. É uma causa de todos. Você se omitir é cometer um crime".
Em recente entrevista, Giovanna contou que concorda com Sandra Bullock sobre abolir o termo "filho adotivo": "A frase da Sandra foi perfeita. A gente realmente não fala que foi um filho por acidente, que foi um filho de fertilização. Por que tem que falar filho adotivo? Filho é filho. "A relação de mãe e filho é a mesma. Mãe é quem cuida, quem cria, quem está presente. Filho é quem recebe isso. A colocação dela foi maravilhosa".
(Com apuração de Patrick Monteiro e texto por Tatiana Mariano)