Dado Dolabella usou sua conta no Instagram para se pronunciar sobre a rescisão de seu contrato com a Rede Record. "Prefiro não acreditar que a Record esteja agindo desta forma. Sem mais comentários", limitou-se a escrever o ator na rede social, na noite desta quinta-feira (24).
O contrato de Dado com a emissora ia até 2015, mas o canal do bispo Edir Macedo decidiu demitir o ator após uma nova polêmica envolvendo seu nome. Ele é acusado de ter agredido um produtor no início deste mês durante as gravações de "Vitória", próxima novela da Record, na ilha de Curaçao, no Caribe.
"Dado já foi notificado sobre a rescisão do contrato. Esta não é a primeira história de agressão envolvendo o ator e, desta maneira, ficou difícil levar o contrato adiante", afirmou a assessoria de imprensa da Record, ao ser procurada por Purepeople.
Em "Vitória", Dado integraria com Bruno Ferrari e Thais Melchior o trio amoroso principal do folhetim. Com a rescisão do ator, ele ficará até o capítulo sete. Ou seja, as cenas gravadas no Caribe não serão perdidas. Tudo indica que o personagem de Dado viajará e deixará uma carta de despedida.
Mesmo com a saída do ator, a ideia do triângulo amoroso não será abandonada. A Record acionou o ator Rodrigo Phavanello, que ficaria com outro papel e agora disputará o amor da mocinha da trama.
Ele ainda curtia férias em Campinas, no interior de São Paulo, quando foi chamado às pressas pela Record. "Pediram para eu tapar o buraco deixado pelo Dado", contou Phavanello ao Purepeople. "Mas não o estou substituindo, pois não faremos o mesmo personagem", frisou.
Confusão
A confusão envolvendo Dado teria acontecido por causa de café. Nas gravações em Curaçao, o ator teria reclamado da falta da bebida de maneira grosseira, fazendo uma mulher da produção inclusive chorar, após xingá-la.
O produtor Carlos Henrique Andrade Araújo teria ido acalmá-la e essa postura irritou Dado, que empurrou o profissional. Como estava próximo a uma escada, ele caiu e torceu o pé. Indignado, o produtor não deixou o caso ser abafado. Ao voltar ao Rio de Janeiro, ele prestou queixa contra Dado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes).
Por causa disso, o artista será convocado a prestar depoimento. Em entrevista ao Purepeople, inicialmente, ele negou a agressão e classificou a notícia veiculada na imprensa como "intriga da oposição". Depois, ao saber sobre a queixa na polícia, o ator se mostrou indignado.
"Que coisa maluca! Não recebi nenhuma notificação, mas, se for chamado, vou com certeza. Não devo nada a ninguém e não teve nada disso. Quem não deve, não teme", minimizou o ator. "Não sei se ele (o produtor) quer mídia ou ser mandado embora. Se quer sair da Record. Só sei que está querendo problema para a vida dele".
Histórico de confusões
O novo episódio entra para o histórico de confusões que Dado possui. Uma das polêmicas mais antigas aconteceu em 2003, quando ele brigou com João Gordo durante a gravação "Gordo a Go-Go", na MTV. O apresentador ironizou o CD que Dado lançava na época e, assim, se iniciou uma briga, com direito a empurrões, insultos e quebra quebra no cenário.
A confusão mais conhecida, no entanto, envolve Luana Piovani, de quem ele foi noivo. Em 2008, a atriz estreava uma peça e, na montagem, ficava com os seios de fora. Dado teria ficado com ciúmes durante a festa para comemorar a estreia da peça e brigou com a noiva. A camareira Esmeralda de Souza Honório tentou defender Luana e acabou tendo o braço imobilizado após ser empurrada por Dado.
Após muitas idas e vindas na Justiça, o STJ manteve a condenação do ator a nove meses de prisão pela agressão à Luana, tendo como base a Lei Maria da Penha. Dado, no entanto, não irá cumprir pena. A agressão aconteceu em 2008 e a pena prescreveu em quatro anos, ou seja, em 2012. Já para Esmeralda, ele terá que indenizá-la em R$ 40 mil, mais correção monetária.
O histórico conta ainda com uma confusão com a modelo Viviane Sarahyba, com quem Dado se casou após o romance com Luana Piovani. Ela o processou na Justiça por supostas agressões físicas que sofria no período em que ficou com o ator. Ele, no entanto, foi absolvido da acusação pela Justiça. "A verdade demora e não é tão polêmica quanto a mentira, mas vem à tona", comemorou Dado na época da decisão.